terça-feira, 27 de maio de 2008

Sebastião da Gama





Biografia


Sebastião Artur Cardoso da Gama nasceu em Vila Nogueira de Azeitão, a 10 de Abril de 1924, filho mais novo de uma doméstica e de um comerciante. Logo aos 14 anos é-lhe diagnosticada a tuberculose óssea que haveria de lhe custar a vida. A conselho do médico, muda-se com a mãe para a Serra da Arrábida, cenário de sonho que será o “primeiro amor” da sua poesia. Tal como Alexandre Herculano antes de si, o jovem Sebastião não se cansa de cantar a Serra: em Serra Mãe, Loas a Nossa Senhora da Arrábida e Cabo da Boa Esperança, os caminhos mais recônditos e as gentes da Serra são personagens principais.
Para além da Arrábida, é o mar que encanta o jovem Sebastião, a quem a doença e o isolamento parecem não retirar alegria, vivacidade e facilidade de relacionamento com as pessoas. Como com os pescadores e lavradores, a quem admirava o falar. Admiração que lhe valeu a repreensão do arguente quando, defendendo a tese de mestrado com que se formou em Filologia Românica, Sebastião da Gama utilizou termos próprios dos homens do mar e do campo, cuja companhia preferia à de doutores.
Terminados os estudos, Sebastião da Gama dá aulas na Escola Comercial e Industrial João Vaz, em Setúbal, durante um ano. Os alunos, apesar do curto período de convivência com o jovem professor, ficam profundamente marcados pela sua personalidade comunicativa, aberta ao diálogo e, claro, à poesia.Colocado em Lisboa, na Escola Veiga Beirão, inicia em Diário o relato a sua experiência pedagógica e os métodos, inovadores para a época, que utilizava no contacto com os alunos.
Começa a publicar em jornais (Gazeta do Sul) e revistas literárias (Brotéria, Távola Redonda), sob o pseudónimo Zé d´Anixa, alguns poemas. Aos 21 anos converte-se ao catolicismo, crença da qual só a morte o arrastará.
O início da década de 50 parece promissor para o poeta: em 1951 casa com a amiga de adolescência e vizinha Joana Luísa, na Capela da Arrábida, e nesse mesmo ano publica o quarto volume de poesia, Campo Aberto. No ano seguinte, no entanto, o seu estado de saúde, que sempre fora débil, agrava-se e Sebastião é internado em Lisboa. Sete meses após o casamento, e aos 27 anos de idade, o autor de Pequeno Poema morre vítima de uma meningite renal.
Joana Luísa empenha-se, após a morte do marido, na publicação dos seus inéditos. É assim que, postumamente, são lançados Pelo Sonho é que Vamos, Diário, O Segredo é Amar e Itinerário Paralelo.Em 1999, Vila Nogueira de Azeitão passou a acolher o museu onde se reúnem o espólio artístico e alguns objectos pessoais de um dos mais queridos filhos da terra.
Apesar de ser um poeta modestamente reconhecido, são bastante populares o Pequeno Poema e Pelo Sonho é que Vamos. Poeta popular sem ser “popularucho”, Sebastião da Gama não se inseriu em nenhuma corrente literária em particular. A sua rima fácil, o verso fluído e as imagens luminosas fazem dele um autor a não esquecer, ainda que sobre a sua morte já tenham passado 53 anos.



Algumas obras:


Estreou-se com Serra Mãe, em 1945. Publicou ainda Loas a Nossa Senhora da Arrábida (1946, em colaboração com Miguel Caleiro), Cabo da Boa Esperança (1947) e Campo Aberto (1951). Após a sua morte, foram editados Pelo Sonho é que Vamos (1953), Diário (1958), Itinerário Paralelo (1967), O Segredo é Amar (1969) e Cartas I (1994).






Pequeno Poema

Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve
Estrelas a mais...

Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.

As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
Para que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe...


Bibliografia



http://www.astormentas.com/din/biografia.asp?autor=Sebasti%E3o+da+Gama

http://www.astormentas.com/gama.htm




Adilaine Braz
Ana Rita

terça-feira, 13 de maio de 2008

Ser Amigo é...


Poema colectivo do 8ºB


SER AMIGO É...

Ser amigo é
Não falar mal nas costas
Ajudar nas piores alturas
Partilhar os segredos
Partilhar os bons e maus momentos
Ajudar os amigos quando necessário
Ter confiança e acreditar
Sermos sinceros uns com os outros
Ajudar o próximo, confiar, ser gentil…
Ter quem nos socorre e não quem tem pena de nós
Sentir as dores de quem gostamos
Confiar simplesmente nos outros
Partilhar aventuras
Admitir quando erramos
Fazer sorrir, saber ouvir, contar segredos
Ter alguém que acredita em nós, mesmo que deixemos de acreditar em nós próprios
Aceitar o outro com todos os seus defeitos